sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O medo de errar


Acho que esse é um medo presente em todas que são mães e que amam os seus filhos. Hoje, eu vejo que minha mãe errou querendo acertar, como eu posso também errar com meu filho, mas com um intenso desejo de fazer a coisa certa, de educa-lo da melhor forma, de dar o máximo de carinho. Mas há um mês ando em constantes crises. Até meu filho completar 6 meses, eu fiz o que meu instinto materno dizia que era certo. Até meu filho completar 6 meses, eu o criei à minha maneira, ao meu jeito. Porém, conforme nossos filhos vão crescendo, crescem junto com eles os pitacos de pessoas de fora, os conselhos de "gente mais experiente", as opiniões de pessoas que se sentem no direito de se meter na educação do seu filho. Tudo isso, aliado à insegurança que toda mãe sente em relação a educação do seu filho, gera uma grande confusão. Pelo menos, em mim tem gerado.

Pois bem. Como já contei anteriormente, no post "Cortando um dobrado", o Rapha tem dormido no meu quarto, entretanto fora da minha cama. Comprei um cercado, e ele dorme nesse cercado. A minha primeira crise foi essa: "É certo o bebê dormir no quarto dos pais?" Sempre tive bem claro que não. Mas não tive escolha e não tive mesmo. Eu poderia perder várias noites de sono e acostuma-lo novamente no seu bercinho, no seu quartinho. Mas, o verão está ai e eu não vou deixar meu pequeno dormindo no calor e, no momento, não há condições de comprar um novo ar condicionado e nem de pagar a conta de luz de dois aparelhos ligados a noite toda. Logo, a solução foi deixa-lo no meu quarto. E a minha crise passou, estou em paz. Da mesma forma que o meu desespero entre o Dedo e a chupeta foi em vão, uma vez que o Rapha largou o dedo menos de um mês depois de ter pegado, não vou me preocupar com isso antes da hora. Até porque, você já viu um marmanjo de 12 anos dormindo na cama dos pais? Eu nunca vi. Logo, me deixa curtir meu filho enquanto ele é só um bebê. Passa tão rápido. Parece que meu parto foi ontem e ele já tem 7 meses.

Logo depois dessa crise, estou vivendo outra, nesse exato momento. Desmamo ou não o meu filho de madrugada? Algumas pessoas me dizem que ele já esta grande pra acordar de madrugada pra mamar, outras dizem que ele é novinho ainda. Enfim, e eu fico sem saber o que fazer. Confesso que é tentadora a ideia de voltar a dormir a noite toda, mas também não quero me precipitar em me preocupar com algo que pode se resolver naturalmente na medida em que meu filho cresce. Afinal de contas, Raphael não vai mamar com dez anos de idade. (sendo exagerada, pois ele vai deixar de mamar BEM antes disso) O que são 7 meses quando falamos de longos anos ao lado dele?

Eu tentei, na noite passada, desmama-lo na madrugada. Foi um sofrimento. Para mim e para ele. Foram longas duas horas de choro intenso, até que ele se cansou e dormiu. Agora me diz, tem necessidade de deixa-lo chorar tanto tempo só porque ele mamar? Só porque ele quer carinho e conforto, mesmo que não esteja com fome? Pra que adiantar as coisas ? "Seu filho vai te dominar". Não, não acredito nisso, de verdade. Meu filho, seu filho, é seu amigo ou seu inimigo? Estou lendo um livro muito interessante de um pediatra espanhol :"Bésame mucho – Como criar seu filho com amor" Ele diz que existem duas teorias entre os profissionais de hoje: As crianças boas e as crianças más. Vou colocar um trecho.

"Todavia, e deixando de lado os méritos próprios de cada criança, muitas pessoas (pais, psicólogos, professores, pediatras e o público em geral) têm uma opinião predeterminada e geral sobre a bondade e a maldade das crianças. São «anjos» ou «pequenos tiranos»; choram porque sofrem ou porque troçam de nós; são criaturas inocentes ou «têm a escola toda»; têm necessidade de nós ou manipulam-nos. Deste conceito prévio depende se vemos os nossos próprios filhos como amigos ou inimigos. Para algumas pessoas, as crianças são ternas, frágeis, desprotegidas, carinhosas, inocentes e necessitam da nossa atenção e dos nossos cuidados para se converterem em adultos agradáveis. Para outros, as crianças são egoístas, más, hostis, cruéis, calculistas, manipuladoras e só se lhes dobrarmos a vontade logo de início e lhes impusermos uma disciplina rígida as poderemos afastar do vício e convertê-Ias em adultos capazes. Estas duas visões antagónicas da infância impregnam há séculos a nossa cultura."
E por último, quero colocar um trecho desse mesmo livro, que fala do instinto de cada mãe em criar seus filhos.


 "Como deve a coelha criar os coelhinhos? Existe uma maneira muito fácil de o averiguar: vamos ao campo e observamos qualquer coelha. Todas o fazem perfeitamente, da melhor forma que lhes permitem os seus genes e o meio ambiente em que se encontram. Não necessitam de ler qualquer manual de instruções; ninguém lhes explica o que devem fazer. Uma coelha que viva em cativeiro também cuidará das crias perfeitamente, o melhor que lhe permita a situação precária na qual se encontra. Todo o seu comportamento maternal está controlado pelos genes. (...)E as pessoas? Qual é a maneira normal de criar um bebé humano? Apenas temos de observar algumas mães que vivem em liberdade. É este o problema, porque já não existem seres humanos que vivam «em liberdade», isto é, guiando-se unicamente pelos seus instintos e necessidades biológicas. Todos nós vivemos «em cativeiro», isto é, em ambientes artificiais e no seio de grupos humanos com normas culturais. (...)muitas mães actuais parecem ter perdido a capacidade de criar os filhos seguindo os seus próprios instintos. Duvidam, têm medo, consultam livros, perguntam a especialistas... lnclusivamente, sentem-se culpadas quando, anos depois, outro livro ou outro especialista lhes diz o contrário.
PORTANTO, O MEU RECADO É: SIGAM SEUS INSTINTOS. A MÃE, SÓ A MÃE, SABE O QUE É MELHOR PRO SEU FILHO.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Curva

Como é de praxe, desde que criei o blog, todos os meses, depois da consulta com a pediatra, eu coloco a curva de crescimento do meu bebê aqui.

Rapha está pesando 9,230 kg. Ele engordou bem pouco esse mes. Só 230 gramas. Fiquei preocupada, mas a pediatra disse que ele está ótimo, super saudável e que o pouco ganho de peso é devido a adaptação à alimentação. Não sei mais o que eu faço para esse menino comer. Ele come tão pouco. Só aceita bem as frutas. Nem a farinha láctea, que toda criança gosta, ele quis comer.

Ontem ele almoçou e jantou sopa de ervilha. Hoje eu vou fazer uma macarrão com feijão e gema de ovo. Vamos ver se ele gosta.

Curva da altura
Curva do peso

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Acho que eu me enganei


Eu sempre estranhei o fato do meu filho ser calmo. Afinal de contas, filho da Débora Branquinho não pode ser calmo. (Quem me conheceu há um tempo sabe, exatamente, o que eu estou dizendo. Quem me conheceu agora, nem tanto.) Enfim, o Raphael nunca me deu trabalho. Dá trabalho como toda criança, mas nunca me AQUELE trabalho. Nunca foi chorão. Só chora quando está com sono. Sempre ficou no berço, no carrinho, na cadeirinha do carro, sempre foi risonho, simpático, nunca estranhou ninguém. Era quase um anjo. Rsrs O que é muito curioso simplesmente pelo fato de ser MEU filho. Não tão curioso por ser filho do meu marido. Já que ele é o meu aposto. Logo, por esse motivo, eu achei que ele tivesse saído com a personalidade do Renard. Acho que eu me enganei. Tenho a leve sensação de que ele não vai ser fácil.

A primeira manifestação de que ele não era tão calmo assim foi a intensidade do seu choro. Ele demora a chorar, mas quando chora parece que o mundo está acabando. Muitas pessoas já ficaram assustadas com a altura e a força da sua voz quando quer alguma coisa. Eu ficava nervosa no primeiro mês. O menino chorava tão alto que eu achei que ele tivesse com cólica. Tentava de TUDO, mas nada adiantava. Como já mencionei no post "A saga do conhecimento", o Rapha chorava de sono. Nunca imaginei que uma criança fizesse um escândalo daquele tamanho para dormir.

Depois, o Rapha começou a se mostrar bem pirracento. Você pode achar que ele é muito novo para isso, mas não é. Eu demorei para perceber que era pirraça. Nunca deixei meu filho chorando, não acho certo e é a minha forma de educa-lo, sim educa-lo. Para mim, educar é dar carinho e conforto quando o bebê pede e, apesar de suas crises de birra, ele é só um bebê e não sabe se comunicar de outra forma que não o choro. Depois que ele começar a entender, conversar é outra história. Por enquanto, ele é só um bebê. Já falei sobre isso em "Pego no colo ou deixo chorar?". Mas, voltando ao assunto da birra, eu demorei a perceber que aquele choro era birra. Pois bem, certo dia, ele estava me pedindo colo e eu estava terminando de pentear o cabelo. Ele estava no colo da minha mãe. Fui conversando, aos poucos, com ele. Expliquei que eu estava penteando o cabelo e que a mamãe já ia pega-lo. Quando eu terminei de falar e virei as costas pra ir ao espelho, o menino começou a berrar, berrar, bater as pernas, os braços... Não saia uma lágrima. Mas berrava demais. Quando eu terminei de me arrumar e pentear o cabelo, o peguei. No mesmo instante, ele calou a boca e começou a rir. Foi ai que eu vi o quanto ele era birrento e pirracento e comecei a identificar essas crises e a tentar controla-las. Por exemplo: hoje, indo para o pediatra, ele começou a fazer exatamente a mesma coisa na cadeirinha do carro, eu esperei para ver se ele ia parar de chorar. Não parou. Eu o peguei, beijei, acalmei e coloquei-o novamente na cadeirinha. E ele foi, tranquilo.

Por último (que eu tenha percebido), ele é muito ativo, muito esperto e bem atento, além disso, quer participar de tudo e observa todo mundo. A pediatra disse que é bem incomum uma criança na idade dele já engatinhar. Acontece de o bebê sair do lugar, se arrastar, barrigar e tal, mas engatinhar é bem difícil. E o meu Rapha já engatinha faz mais de 20 dias. Isso também lembra a mãe. Ele também não para um minuto. Seja tomando banho, trocando fralda, comendo, dormindo, até dormindo ele se mexe o tempo inteiro. Enfim,
quase uma mini Branquinho
. Claro que sem características que foram muito prejudiciais, mas meu temperamento extrovertido poderia ser uma qualidade desde o início se não fossem muitos fatos que prejudicaram meu desenvolvimento psicologicamente saudável. Mas, isso não vem ao caso.

Mas fico feliz que meu filho seja ativo e tenha muito vigor. Sabendo educar, amar e colocar limites, não tem problema.

Olha que cara de quietinho. rs

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Meu menino prodígio

Terça feira meu bebê faz sete meses, mas já faz coisas que, normalmente, as crianças começam a aprender com 8. Lindo, muito esperto, simpático, calmo, o  Rapha é meu orgulho, meu tesouro, minha vida.

Meu filho já engatinha desde os 6 meses e 5 dias, aproximadamente. Já fica em pé segurando nas coisas e consegue levantar sozinho na grade do berço. É uma graça. Só não falou papai ainda e mamãe ele começou a falar, mas já tem um tempo que eu não ouço. Acho que esqueceu. rsrsrs
Hoje, eu consegui fazer um vídeo dele engatinhando. Ele não é irresistível?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Aventuras na praia

Ontem, segunda-feira, 8 de novembro, levantei bem cedo e vi que ia fazer aquele sol. Acordei o Renard e propus uma ida a praia. Primeira vez que o Rapha ia brincar na areia e se molhar na água salgada.
Como meu filho é muito branco, quase transparente, e o sol estava muito forte, fiquei meio receosa. Fui mesmo assim, afinal já faz quase um ano que o último verão foi embora (rsrsrsrs).

Bom, começa a arrumação das coisas... Aquela panafernalha. Piscina, brinquedo, roupa, boné, protetor... Primeira vez que a gente leva um bebê na praia, nem sabíamos o que carregar. rs Esqueci a toalha. Nunca levei toalha para mim, sempre me sequei ao "ar livre". Nem lembrei que a criança ia sair da água e morrer de frio. Tadinho do meu filho.

No caminho, passamos no mercado para comprar a fralda de piscina, que, por sinal, é ótima. Adorei. Depois, enchi o menino de protetor, passei até nos dedos do pé. (Esqueci das orelhas, de noite a orelha do bichinho pegava fogo, que maldade).

Chegamos. Desce todo mundo.. piscina, bolsa, canga, Raphael, balde, brinquedo... Foi engraçado. Enchemos a piscininha dele e "jogamos" ele lá dentro. Você acha que ele queria ficar? Queria nada. A sensação da parada era areia. Comeu várias vezes, mesmo eu com 10 olhos em cima dele. O garoto é esperto. Fingia que tava só brincando e abaixava a cabeça, na minha primeira distração, enfiava a mão na boca. Ai ai ai... Depois de brincar bastanta na água (e na areia. rs), mamou e dormiu. Como eu NÃO havia previsto, ele saiu da água morrendo de frio, batendo o queixo. Enrolei-o na canga, enquanto mamava. Depois que dormiu, o cobri com a camisa do pai. Mesmo na sombra e enrolado na camisa, o pedacinho das costas que ficou de fora enquanto ele dormia, ficou vermelho a noite. Isso ele né? Porque a dondoca aqui está mais vermelha que um pimentão. Passei tanto protetor no menino e esqueci de mim. Vou postar a foto para vocês verem o estado da criança.(A criança nessa caso, sou eu.)

Depois que ele acordou, brincou mais um pouco. Saímos da praia e fomos pra casa. Certo? Errado. Tiramos a água de sal no chuveiro, trocamos a roupa e fomos para o shopping. Chegamos em casa quase 8 da noite. Mortos de cansados. rsrsrs






domingo, 7 de novembro de 2010

Mais um passo

Olá, pessoal!

Quem é mãe sabe o quanto nos alegra cada coisa nova que o nosso bebê consegue fazer. Acompanhar o desenvolvimentó é algo fantástico e sem preço.
Hoje, com 6 meses e 15 dias, o Rapha aprendeu a se levantar sozinho e ficar em pé. Lindo.  Cada dia mais esperto, mais levado, mais ativo e mais delicioso.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cortando um dobrado

Olá, pessoal!

Como eu mencionei no post Cama compartilhada, eu sempre tive bem clara a necessidade de manter meu filho no quarto dele, no berço dele. Tomei isso como meta desde a gravidez. E cumpri. O dia que meu bebê completou 30 dias, ele "ganhou" o quartinho dele. E, até o início de outubro, não tive problemas. Mas agora, estou tendo e não sei como resolver. Se alguém souber, por favor, me ajude. rs

O Rapha ja dormiu algumas vezes comigo na cama e isso nunca atrapalhou sua adaptação no quarto dele. Sempre quando existia a necessidade, como uma reação a vacina, gripe, muito calor (o quarto dele não tem ar), ele dormia comigo. No dia seguinte, ele voltava para o berço e a vida seguia.

No início de outubro, nós viajamos para Região dos Lagos. Lá, o Raphael dormiu 5 noites comigo na cama. Não tinha outro jeito. Agora, já comprei um berço/cercado para essas ocasiões. Enfim, a gente já tinha ido para lá outra vez, ele dormiu comigo, e, na volta, dormiu no seu quarto sem crises. Dessa vez, foi diferente. Quando retornamos, Raphael não ficou no berço de jeito nenhum. Nem mamar no quarto dele, ele quis. Se acostumou a mamar deitado, comigo vendo TV, na minha cama. Ferrou-se tudo. Dei mama para ele na minha cama, quando ele dormiu, coloquei-o no berço. Ele acordou algumas muitas vezes, umas 6, talvez. Eu levantava, dava peito e ele adormecia de novo. No outro dia, eu estava cansada.

O dia seguinte, foi a mesma luta, com uma diferença, quando eu tirava ele da cama pra leva-lo pro berço, ele acordava. Levei quase duas horas para conseguir fazer esse transporte. rs Consegui, mas a madrugada não foi das melhores. Eu estava no caminho, sendo que dois dias depois viajamos de novo. Fomos para a casa do meu pai em Angra, conforme contei no post A Fidelidade de Deus me constrange.  Lá, aconteceu a mesma coisa, ele dormiu na cama comigo. Danou-se, né? Ficamos quase uma semana.

Desde que eu voltei, o Raphael não dorme no berço. E o pior, está calor e eu não tenho coragem de coloca-lo lá, enquanto eu e o Renard dormimos no fresquinho. Maldade. Ainda tem a minha garganta, que está muito inflamada, eu tive febre, dor de cabeça, enjoo e estava inviável ficar levantando de uma hora e meia em uma hora e meia para atender seu choro, porque estava sozinho. Você me pergunta: E o pai? Ele levantava, mas o Raphael só parava de chorar quando me via. (Será inicio da angustia da separação?) Dai, eu preferia levantar, porque de madrugada, o choro escandaloso do guri pode incomodar os vizinhos. Enfim, ele tem dormido num colchão, no chão, ao lado da minha cama, enquanto o cercadinho dele não chega. Mas eu queria muito que ele voltasse pro seu quartinho. Estava tão bem lá. Tudo bem que ele não incomoda em nada. Mas e quando ele começar a entender? Eu vou namorar como? Conversar com meu marido como? O Renard não se importa, por ele, o Raphael se instala lá e fica. Mas eu não concordo com isso não.

Alguém tem uma solução para o meu problema? rsrsrs
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