Hoje era para ser um sábado comum, mas com um evento especial. Eu ia para um Chá de Lingerie (clique para saber como foi o chá) de uma amiga que casa em dezembro e eu sou madrinha. Bom, o chá era surpresa. Combinei com o Renard de me deixar na casa dela, em Vicente de Carvalho, um bairro longe da minha casa, cerca de 50 minutos de carro. Eu ia chegar cedo e o Renard me pegaria a noite. Chegando na porta da casa da minha amiga, a Laiz, tirei o carrinho, tirei a bolsa e soltei o cinto da cadeirinha do Raphael. Nessa hora, o Renard disse: o caminhão quer passar. Eu fechei a porta achando que ele ia encostar mais à frente. Subi na casa da Laiz para deixar o carrinho e, então, voltar pra buscar meu bebê. Quando eu voltei, cadê o carro? O Renard tinha ido embora sem perceber que meu filho estava dentro do carro e sem cinto. E o pior, os motivos que me deixaram mais desesperada: meu marido trocou de celular essa semana e eu não tinha o número novo; era a primeira vez que ele ia nesse bairro de carro e não sabia direito onde era a casa da Laiz; ele resolveu ir embora por um caminho diferente, a linha amarela, que só daria pra ele voltar pra casa da minha amiga quando já tivesse quase em casa; Além de estar num caminho que não conhecia.
Enfim, voltando... Desci, quando eu não vi o carro, subi correndo: Debora (cunhada da Laiz), o Renard foi embora com meu filho. Até ai, eu ainda estava calma. Quando eu percebi que não tinha o telefone dele, me desesperei. Debora, eu quero meu filho, cadê meu filho. A Débora nervosa, sem saber o que dizer, mandava eu ligava pra ele. Liguei pro meu sogro chorando. Não queria contar o que aconteceu, só queria pegar o telefone do Renard. Mas ele viu que eu tava chorando e tive que contar o que houve.
Ele ligou pro Renard e perguntou:
- Meu filho, você está onde?
- Em Vicente de Carvalho.
- E o Raphael?
- Tá com a Débora.
Tu tu tu tu tu – acabou a bateria do celular dele.
Foi quando ele olhou pra trás e viu que o menino tava no carro. Gente, é sério. O Raphael é muito quieto. Ninguém vê que tem criança no carro. Normalmente, ele dorme, ai piora tudo.
Enquanto esse diálogo acontecia, eu estava desesperada, no meio da rua, chorando e gritando pelo meu filho. Resolvi descer para a praça de Vicente de Carvalho que fica duas ruas abaixo da onde a Laiz mora. Desci porque tinha esperança que ele voltaria e eu queria ver o carro. Eu chorando na praça, com o telefone na mão, tentando, em vão, falar com ele. Um casal no ponto de ônibus, olhando pra mim preocupado, perguntando se eu precisava de ajuda e eu nervosa... só pensava no Raphael.
Eu sei que foi exagero, ele estava com o pai. Mas, na hora do meu desespero, eu nem pensei nisso. Só lembrava que ele estava sem cinto, que o Renard ia subir pro apartamento e deixar ele no carro, que ele ia chorar querendo mamar e ia demorar muito pra ele trazer o Rapha pra mim, que ele ia se perder e não ia ter telefone pra falar comigo, que ele não tinha nem o endereço e nem o telefone da Laiz. Enfim, eu fiquei muito nervosa, fora de mim, desesperada, em pânico, quase tive um colapso.
Eu sempre fui uma mãe muito calma, desde que o Rapha nasceu. Nunca fui neurótica (tirando a alimentação e amamentação que eu sou chata). Mas, no geral, sempre fui muito segura, muito tranquila, muito em paz. Quem vê, sabe. Mas hoje, eu tive a primeira crise nervosa por causa do Raphael. Nossa, foi horrível. Eu sem saber se ele tava bem, se o Renard tinha visto ele, se ele não tinha caído da cadeirinha (porque ele ta levado, desde que aprendeu a sentar, fica se jogando pra frente quando está deitado), se meu marido ia conseguir trazer ele de volta, se ele não tava com fome...
No ápice do meu nervoso, eu avistei o carro dele. Sai correndo no meio da praça... Renarddddddddddddddd. Ele não ouviu. Aumentei a voz, até ele me ouvir. Não só ele como toda a praça. Quando ele me viu foi um alivio. Eu saí correndo, gritando: cadê meu filho... eu quero meu filho...
E pasme: o Raphael estava do mesmo jeito que eu o deixei, sem nem saber o que tava acontecendo. Quando me viu abriu um belo sorriso que me fez chorar mais.
4 comentários:
Nossa imagino como vc ficou... Ainda Bem q o Renard voltou..Ufa'
Tadinho do Raphinha nem sabia oq estava acontecendo...
Imagino ele olhando pra vc e sorrindo, q Liiiindo!!
Bjos Débora.
mooooooooooossa flor que péssimo, eu entendo totalmente a sua agonia querida ainda bem que Deus estava cuidando de tudo como sempre, amém?
te mandei a resposta do seu mail vc viu?
bjos, a paz!
Comédia...rs
Mais uma historia pra eu contar pros meus filhos, sobre meu chá de lingerie...rs
Dé, escreva um livro contando as aventuras da Branquinho. Olha, vai fazer sucesso!Porque vc rí e chora ao mesmo tempo, quando lê o relato dessa mãe.Só podia ser a Débora!!!!
Lindona muitos Beijos.Ser mãe é ter o coração fora do corpo.É só a primeira experiência..rs..rs..
Postar um comentário